segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Técnicas específicas de Kabat


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As técnicas de PNF têm o objetivo de aumentar a força, a flexibilidade e a coordenação, com ênfase na facilitação de estados neuromusculares e estruturais idéias, bem como na reeducação seletiva de elementos motores individuais. Nesse momento, ocorre o processo de aprendizagem de cada movimento, reforçando pela repetição. Os contatos manuais, o pré-posicionamento do paciente e os comandos verbais são utilizados para iniciar o controlar os movimentos. Para sabermos um pouco mais isso, conversamos com a Dra Daniela Souto. Através da conversa, fizemos esse post.

O paciente deve aprender as técnicas de PNF, desde a posição inicial até a final, por meio de instruções verbais e rápidas, ou por estímulos visuais e táteis. Alongamentos rápidos aplicados nos músculos, antes de qualquer contração, facilitam as respostas musculares de força mais intensa.
As técnicas de PNF são eficazes para facilitar os exames e os tratamentos das disfunções estruturais e neuromusculares. As disfunções estruturais afetam a capacidade do corpo para assumir e executar posturas e movimentos ideais. As disfunções neuromusculares (incapacidade para coordenar e executar movimentos com eficiência) resultam do uso repetitivo, anormal e estressante dos sistemas articulares e miofasciais, em geral, precipitando os sintomas e as disfunções estruturais.


1.  Iniciação rítmica.
2.  Combinação de agonistas.
3.  Reversão de antagonistas:
a)                                    Reversão dinâmica de antagonistas:
b) Reversão de estabilizações.
c) Estabilização rítmica.
4.  Estiramento repetido (contrações repetidas):
a)                                    Estiramento repetido no inicio da amplitude.
b) Estiramento repetido através da amplitude.
5.  Contrair-relaxar.
6.  Manter-relaxar.

1. Iniciação rítmica
Movimentos rítmicos realizados através da amplitude desejada, iniciado por movimento passivo, progredindo até o movimento ativo resistido.
Objetivos:
·        Facilitar a iniciativa motora.
·        Melhorar a coordenação e a sensação do movimento.
·        Normalizar o ritmo do movimento, tanto por meio do aumento quanto da sua diminuição.
·        Ensinar o movimento.
·        Ajudar o paciente a relaxar

Indicações:
·        Dificuldades em iniciar o movimento.
·        Movimentos muito rápidos ou muito lentos.
·        Movimentos incoordenados ou sem ritmo.
·        Tensão geral.

Descrição:
·        O terapeuta inicia o movimento passivamente o paciente através da amplitude de movimento utilizando a velocidade e o comando verbal para dar o ritmo.
·        O paciente é solicitado a iniciar o trabalho ativamente na direção desejada. O retorno do movimento é realizado pelo terapeuta.
·        O terapeuta resiste ao movimento ativo mantendo o ritmo com o comando verbal.

2.  Combinação de Isotônicas
Contrações concêntricas, excêntricas e mantidas de um grupo muscular sem relaxamento.
Objetivos:
·        Aumentar o controle ativo do movimento.
·        Melhorar a coordenação.
·        Aumentar a amplitude ativa do movimento.
·        Aumentar a força muscular.
·        Treinar o controle excêntrico funcional do movimento.

Indicações:
·        Diminuição do controle excêntrico.
·        Perda da coordenação ou da capacidade de se mover na direção desejada.
·        Diminuição da amplitude de movimento ativa do movimento
·        Movimentação ativa precária no meio da amplitude.

Descrição:
·        O terapeuta resiste ao movimento ativo do paciente por meio da amplitude de movimento.
·        No final do movimento, o terapeuta solicita ao paciente que mantenha a posição.
·        Quando a estabilização é alcançada, o terapeuta diz ao paciente para permitir que o membro seja movido vagarosamente para trás, em direção a posição inicial

3. Reversão de antagonistas

Alternância do movimento ativo de uma direção a oposta, sem                interrupção ou relaxamento.

Objetivos:
·        Aumentar a amplitude ativa do movimento;
·        Aumentar a força muscular; desenvolver coordenação;
·        Prevenir ou reduzir a fadiga.
·        
Indicações:
·        Fraqueza do músculo agonista;
·        Diminuição da capacidade de modificar a direção do movimento;
·        Aparecimento da fadiga durante o exercício.
·        
Descrição:
·        Resistir o movimento em uma determinada direção;
·        No final da amplitude o terapeuta inverte o contato manual na região dista;
·        Quando o paciente atinge o final da amplitude o terapeuta dá o comando para a inversão da direção e muda seu contato proximal para aplicar resistência;

4. Reversão de estabilização (manutenção alternada)

Contrações isotônicas alternadas, com resistência oposta suficiente para prevenir o movimento.

Objetivos:
·        Aumentar a estabilidade e o equilíbrio
·        Aumentar a força muscular

Indicações:
·        Diminuição da estabilidade
·        Fraqueza muscular
·        Inabilidade em realizar contrações isométricas.

Descrição:
·        O paciente se opõe a força exercida pelo terapeuta;
·        Quando o paciente resiste ao máximo à força, o terapeuta move uma das mãos e começa a aplicar resistência em outra direção.

5.  Estabilização rítmica

Contrações isométricas alternadas contra uma resistência sem intenção de realizar movimento.

Objetivos:
·        Aumentar a amplitude ativa e passiva do movimento;
·        Aumentar a força muscular;
·        Aumentar a estabilidade e o equilíbrio;
·        Diminuir dor.

Indicação:
·        Diminuição da amplitude de movimento;
·        Dor em movimento.
·        Instabilidade articular;
·        Fraqueza de grupos musculares antagonistas;
·        Diminuição do equilíbrio.

Contra-indicação:
·        Envolvimento cerebelar;
·        Pacientes incapazes de seguir instruções

Descrição:
·        O terapeuta resiste a uma contração isométrica de um grupo muscular agonista. O paciente mantém a posição sem tentar mover;
·        A resistência é gradualmente aumentada a força do paciente;
·        Ao chegar ao potencial máximo do paciente o terapeuta move uma das mãos para resistir a parte distal do movimento antagonista.


6.  Estiramento repetitivo (contrações repetidas)

6.2.    Estiramento repetido no inicio da amplitude

Reflexo de estiramento provocado por músculos sob tensão de alongamento.

Objetivos:
·        Facilitar a iniciativa motora;
·        Aumentar a amplitude de movimento ativo;
·        Aumentar a força muscular;
·        Prevenir ou reduzir a fadiga;
·        Guiar o movimento na direção desejada;

Indicações:
·        Fraqueza muscular;
·        Inabilidade em iniciar o movimento devido à fraqueza ou rigidez;
·        Fadiga;
·        Diminuição da consciência do movimento.

Contra-indicação:
·        Instabilidade articular;
·        Dor;
·        Ossos instáveis devido a fratura e osteoporose;
·        Lesões musculares ou tendões.

Descrição:
·        O terapeuta dá um comando preparatório, enquanto alonga completamente todos os músculos de um padrão;
·        Um rápido e leve estiramento deve ser aplicado para acrescentar um alongamento e evocar a resposta reflexa;
·        Ao mesmo tempo o terapeuta dá um comando para unir a tentativa voluntária de contração do paciente com resposta reflexa;
·        A contração muscular então é resistida.


6.3.    Estiramento Repetitivo Através da amplitude

O reflexo de estiramento provocado por músculos sob tensão de alongamento.

Objetivos:
·        Aumentar a amplitude ativa do movimento;
·        Aumentar a força muscular;
·        Prevenir ou reduzir a fadiga;
·        Guiar o movimento na direção desejada.

Indicações:
·        Fraqueza muscular;
·        Fadiga;
·        Diminuição da consciência do movimento desejado.

Contra-indicação:
·        Instabilidade;
·        Dor;
·        Ossos instáveis devido a fratura e osteoporose;
·        Lesões musculares ou tendões.

Descrição:
·        O terapeuta resiste a um padrão de movimento, mantendo assim todos os músculos em contração;
·        O terapeuta dá um comando preparatório para coordenar o reflexo de estiramento com uma nova e mais forte tentativa do paciente;
·        Ao mesmo tempo o terapeuta alonga levemente os músculos por meio de uma resistência em excesso aplicada momentaneamente;
·        Observa-se uma nova e mais eficaz contração muscular, que é resistida;
·        O estiramento deve ser retido para a força ou para redirecionar movimento, enquanto o paciente move-se por meio da amplitude;

6.4.    Contrair-relaxar

Contrações isotônicas resistidas dos músculos encurtados, seguidas de relaxamento e de movimento na amplitude adquirida.

Objetivos:
·        Aumentar a amplitude passiva do movimento.

Indicação:
·        Diminuição a amplitude passiva de movimento.

Descrição:
·        O terapeuta ou o paciente move a articulação até o final da sua amplitude passiva.
·        O paciente deve realizar uma forte contração do músculo encurtado;
·        Permite-se um pequeno movimento para se certificar que todos os músculos a serem trabalhados estão em contração;
·        Após aproximadamente 5 segundos o terapeuta diz ao paciente para relaxar;
·        A articulação então é reposicionada até o novo limite de amplitude passiva;
·        A técnica é repetida até que não ganhe mais amplitude;


6.5.    Manter relaxar

Contrações isométricas resistidas, seguida de relaxamento.


Objetivos:
·        Aumentar a amplitude passiva de movimento
·        Diminuir a dor
Indicações:
·        Diminuição da amplitude passiva do movimento;
·        Paciente muito forte para a força ser controlada pelo terapeuta;
·        Dor.

Contra-indicação:
Quando o paciente é incapaz de realizar contrações isométricas.

Descrição:
·        O terapeuta ou o paciente move a articulação até o final da sua amplitude passiva;
·        O paciente deve realizar uma forte contração do músculo encurtado;
·        A resistência é aumentada gradativamente;
·        Não há intensão de movimento;
·        Após aproximadamente 5 segundos o terapeuta diz ao paciente para relaxar;
·        A articulação então é reposicionada até o novo limite de amplitude passiva;
·        A técnica é repetida na nova amplitude;
·        No caso de dor o terapeuta pode aplicar nos músculos afetados pela dor ou em músculos distantes da área afetada. A resistência diminuirá gradativamente.


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